37 anos |Motofretista
Formado em Jornalismo, Anderson de 37 anos, resolveu trabalhar como motofretista após várias tentativas, sem sucesso, de se inserir na àrea da comunicação.
Mudanças na Rotina
"A principal mudança foi relativa aos cuidados com a higiene: faço limpeza da moto e demais equipamentos todos os dias ao chegar em casa, uso constantemente o álcool em gel (sempre após retirar e entregar pedidos). Em alguns períodos da pandemia houve também uma mudança muito significativa no trânsito. Além disso, Aaoferta de pedidos também oscilou, pois mesmo com a demanda mais alta de serviços, os aplicativos contrataram mais trabalhadores, reduzindo a demanda para os entregadores."
Covid 19
"Não possuo local de convívio com outros entregadores, mas ouvi muitos relatos de companheiros e companheiras que contraíram o vírus realizando entregas."
Trabalho
"Meu trabalho me permite estar em constante deslocamento, trazendo um olhar privilegiado da cidade. Além disso, o motoboy desfruta de determinada autonomia para realizar seu trabalho. Além do trânsito e suas consequências: risco de acidente, dificuldade no deslocamento, poluição visual, sonora e do ar que respiramos, também carecemos, muitas vezes, de atendimento para necessidades básicas, como acesso à banheiros, local para refeições; na maioria dos shoppings da cidade não há lugar para estacionar as moto. Lutamos por respeito. Nossa profissão é importante e isso ficou muito evidente nessa pandemia. Enfim, não precisamos de muito, apenas o respeito básico que todo trabalhador merece."
Esperança para 2021
"Que todos brasileiros e brasileiras estejam imunizados. Que os atuais governos conservadores e retrógrados (em todas as esferas) não prosperem, abrindo espaço para linhas de cunho mais progressistaS. Que todo o sofrimento que o povo brasileiro está passando nessa pandemia sirva de lição para que a ingerência atual jamais se repita no futuro."